quinta-feira

O portfolio literario

Você é um escritor ou um artista? Então, por que não ter um portfófio digital e/ou um e-portfólio? É fácil de fazer, sem custos de impressão e, em muitos casos, pode ser enviado por email. Já existem muitos editores de livros, curadores e galerias de arte aceitando versões digitais e/ou on-line do seu conjunto de ideias, textos, livros, fanzines, HQ´s, fotos, eventos, saraus, projetos aprovados, projetos em andamento, projetos para divulgação; seu buque de trabalhos artísticos e literários. Só que, em vez dos modelos mais tradicionais, impressos, espiralados, um novo modelo para ser configurado e baixado de seu site, de seu blog, de seu sítio virtual ou para ser enviado por email. Os benefícios são muitos!

Há muitas maneiras de criar um portfólio digital e muitos programas de software que você pode usar. Mas antes, vamos cuidar um pouco da segurança do seu computador (e dos seus dados), que é seu espaço de trabalho.

Para segurança do computador é sempre bom ter:
  • um antivírus (o Avira AntiVir Personal Edition Classic é uma boa alternatia e é gratuito);
  • um anti-spyware e um anti-malware (o Spyware Terminator protege seu computador contra arquivos maliciosos provenientes da navegação pela internet, tais como spywares, adwares, trojans, malwares, parasitewares e hijackers dentre outros, uma outra alternativa é o Ad-aware);
  • um removedor de arquivos desnecessários (o Ccleaner é um bom limpador de porcarias e com ele é possível apagar arquivos desnecessários ao PC, ganhar maior privacidade e melhorar o desempenho da máquina).
  • um recuperador de arquivos perdidos (o Recuva, cujas limitações aparecem quando o arquivo a ser recuperado já tiver seu espaço anterior em HD já reescrito com novas atividades, o que impossibilita sua recuperação total ou parcial, mas em último caso...)
Depois dos cuidados básicos de proteção do seu computador, é a parte de organizar e instalar os seus programas essenciais. Você vai precisar de:
  • um leitor de formatos. O pacote da Adobe é essencial à qualquer máquina. São eles: Reader, Flash Player, Air, Shocwave Player. 
  • um editor de texto e slides. O mais tradicional é o pacote Microsoft Office, mas é possível instalar o OpenOffice ou o BrOffice, de licença aberta e que não fica muito a desejar em relação ao anterior.
  • um conversor para pdf. Eu uso o doPDF que é leve, simples e não requer muita habilidade. Ter um convertor de pdf é essencial e você pode ficar seguro de que a pessoa para qual você enviar o seu portfólio digital será capaz de visualizá-lo sem alterações no formato. Falo em nome dos documentos que estarão anexados aos emais ou disponíveis para download no seu site. Também é muito importante salvar um arquivo de texto em pdf, principalmente em se tratando de diagramação, estilo, fonte, imagens, espaçamento, etc.
  • um compactador de arquivos. Existem vários, do WinRAR, WinZip e o que eu prefiro, o 7-zip.
  • um editor de imagens, programação e diagramação. Aqui falamos de coisas mais profissionais. O mercado utiliza o pacote Adobe CS5 (Photoshop, Indesign, Illustrator, Dreamweaver e Flash), mas há alternativos no mercado, e gratuitos (alguns open source), como o PhotoScape (em substituição ao Photoshop, em português), o Scribus (em substituição ao Indesing, em português), o Inkscape (em substituição ao Illustrator, em português), o Project ROME (da Adobe e para desenvolvimento de sites e blogs, bem como o Movable type e o Codelobster PHP) e para a linguagem em flash use o Flash Slide Show Maker (ára criar apresentações profissionais, em inglês) BannerZest (pra criar banner animados), AnyChart (para criar gráficos animados) ou a opção on-line Sprout-Builder (em inglês). Além disso é possíve recorrer para outros...
RECURSOS WEB de criação e manutenção de sites e blogs, principalmente para quem não entende de programação como eu, pode ser uma boa solução de incremento:
  • Para criação de páginas e sites, use o Webnode (simples, prático, eficaz e em português), o SnapPages (bastante intuitivo), ou o Freewebs (para blogueiros de plantão).
  • Para criação de um fórum de discussão, use o Lefora.
  • Para dúvidas sobre a cor que combina com qual, use o Color Scheme Desinger
  • Para diversos efeitos em fotos, use o Funny Photo Effect e/ou o Picnik
  • Para criar um cartoon de seu rosto e construir seu avatar, uma opção é o MyWebFace.
  • Para fazer uma nuvem de palavras, como se fossem tags de qualquer texto use o Wordle e divirta-se.
  • Para criar uma playlist de músicas e arquivos de som, use MyFlashFetish ou GoEar.
  • Para converter arquivos de um formato para outro, use o OnLine-Convert.
  • Para criar um pano de fundo que é a sua cara, use o BgPatterns.
  • Para criar o logo da sua página, ateliê ou empresa, brinque com o Logo Factor Web, o Logo Ease ou o gerador de gráfico CoolText.
  • Para fazer um selo, use o Says-it.
  • Para criar um QuizQuizInator.
  • Para inserir mensagens relacionadas nos seus posts, use o LinkWithin.
  • Para caixa de mensagens use o Shoutmix
  • Para mais comunicabilidade no seu site, use a barra de ferramentas wibiya.
OUTROS PROGRAMAS que podem ser de interesse:
  • Para fazer um logo exclusivo para seu portifólio, use o Logo Maker, em inglês.
  • Para criar menus drop-down, use o Drop Down Menu Builder.
  • Para criação de site de comunidades, use o Open ACS
  • Para editar topos para seu site ou blog, use o XHeader, com mais de mil modelos prontos.
  • Para editar vídeos, use o VideoSpin, em português.
  • Para editar arquivos de audio, com vários efeitos, use o EXPStudio Audio, em inglês.
  • Para editar imagens, use o Image Analyser.
  • Para um cliente/servidor de FTP gratuíto, use o Filezilla, em português.
  • Para traduzir o inglês e ver o dicionário, use o Lingoes, em português.
  • Para editar texto com suporte a várias linguagens de programação, use o Notepad++ (substitui os recursos do dreamweaver), em português.
  • Para saber a medida exata do que está na tela, use a régua Window Ruler, em inglês.
  • Para emular drives de arquivos em formato ISO, use Virtual CloneDriver, em inglês.
  • Para criar animações com boneco palito, use o Pivot Stickfigure Animator, em inglês.

COMO PENSAR UM PORTFÓLIO LITERÁRIO E/OU ARTÍSTICO?

Depois de você estar munido com esses mais diversos recursos, que tal finalmente definir o portfólio? Os passos estão a seguir:
  1. Definir os objetivos do portfólio e o contexto: identificar a finalidade e público para o portfólio (qual é a audiência?), as normas, regras, partes, estilos que serão utilizados como estrutura de organização para o portfólio (quais são os padrões possíveis de criação?), os equipamentos e softwares disponíveis, o nível de portfólio adequado para iniciar seu desenvolvimento on-line ou digital (quais são os recursos disponíveis?);
  2. Definir o conteúdo do portfólio (construir uma coleção de itens que reresentem seus esforços e realizações ao longo de suas experiências): identificar os artefatos, objetos artigos, dispositivos (exemplos do seu trabalho, especificamente que em formato eletrônico), ou experiências que você precisa demonstrar. Você pode ter conteúdos que demonstram mais de um indicador, e isso é ótimo. Coletar e armazenar os artefatos em pastas apropriadas no seu disco ou servidor. Insira personalidade no design do seu portifólio com alguns dos recursos gráficos de softwares que sejam capazes de adicionar estilo e elegância. Use multimeios. Use um scanner (ou câmera) para digitalizar as imagens. Use um microfone e um programa de digitalização de som para digitalizar artefatos de áudio. Use uma câmera de vídeo, digitalização de hardware e software para digitalizar artefatos de vídeo. 
  3. O portfólio reflexivo: Defina os balanços gerais reflexivos sobre cada objetivo e selecione aqueles artefatos que representam o cumprimento das normas ou metas estabelecidas. Escreva instruções explicativas para cada artefato, elaborando a razão pela qual foi selecionado e seu significado e valor no portfólio. A partir das reflexões e comentários, defina metas para o futuro. O portfólio se torna uma ferramenta de planejamento ao longo do tempo quando tomamos essas reflexões e definimos novas metas, a partir da análise e identificação de falhas e/ou ausências de conteúdos relacionados aos objtivos estabelecidos. Para cada indicador, escreva uma declaração sobre o que você ainda precisa aprender nesta área em específico, definindo algumas metas razoáveis para si mesmo.
  4. O portfólio on-line e/ou digital. Organize os elementos selecionados em formatos digitais, que permitam ligações de hiperlink/hipertexto. Selecione os software de criação disponíveis no seu computador e estabeleça vínculos entre os artefatos e o recurso disponível para inserí-lo ao portfólio. Escolha a plataforma de disposição na web (se blog, site, download, link, etc) e, boa sorte! É só elaborar um material de fácil uso e navegação e divulgar por ai. Se você quiser, volte aqui pra divulgar seu trabalho falando sobre sua experiência nos comentários desse post. 
Simbora lá?

Das menções honrosas

Sobre prêmios e literatura existem muitos pensamentos que são contra e muitos que são a favor. E muita discussão também. Na linha dos argumentos das boas defesas, aquela politicamente correta: certo seria que os prêmios visassem os escritores novatos, como forma de revelação e apoio. Eu, novata, apoio, concordo, endosso, assino embaixo. Talvez quando eu for mais experiente, macaca velha, com os quadrigêmeos a tiracolo, talvez quando isso acontecer eu mude de lado e queira garfar a outra fatia, aquela dos prêmios de boa grana: os 30mil do Jabuti, os 50mil do Prêmio Cruz e Sousa e os 100mil do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Mas como sempre resta uma esperança, os 200mil do Prêmio São Paulo de Literatura vão, nessa mesma quantia, tanto para autores de longa estrada quanto para aqueles que são estreantes. Daí por diante é só pensar no conjunto a obra, atingir um nível Prêmio Nobel e embolsar a grana da aposentadoria lá pelos 70 anos.

Tem prêmio literário que é um engodo (e estou diferenciando prêmio de concurso, se é que, em literatura, exista tal diferença). Serve mesmo para encher os bolsos dos organizadores com a taxa de inscrição e a recompensa é a edição de um livro-coletânea com cerca de 250 exemplares a serem distribuídos pelos próprios autores-vencedores. E olha que a comissão organizadora ainda exige a doação dos direitos autorais. E tem prêmio que, mais acima desta constelação para enriquecimento com dinheiro alheio, pode ser uma boa estratégia de divulgação, pode representar o ingresso do autor estreante na mídia e coisa e tal. E para estes, aquilo que é de consolo, a Menção Honrosa. Um bom exemplo é o Prêmio SESC de Literatura, muito desejado pelos autores estreantes, já que é destinado apenas a eles. A premiação, em duas categorias – conto e romance – é a publicação de 4 mil exemplares do livro e um contrato com a Editora Record (10% preço de capa). A outra grande graça é o autor participar, Brasil adentro, dos eventos de literatura promovidos pelo SESC.

Estou de olho nesse prêmio. Tanto que, ao ver a lista e os comentários dos vencedores de 2008 (resultado divulgado em março de 2009), algumas coisas me chamaram a atenção. Principalmente as Menções Honrosas. Do total de 457 inscrições, 20 romances e 51 livros de conto chegaram à fase final, resultando em 1 vencedor por categoria. Até ai, nada de novo. No entanto, com 31 livros a menos, a categoria romance embolsou mais três menções honrosas, nenhuma foi destinada aos livros de contos, maioria das inscrições. O fato é que deve haver um motivo que eu, longe, não posso afirmar, apenas especular.

Um amigo meu, poeta português e vencedor do Prêmio Júlio Brandão (cujo qual eu nunca ouvi falar, mas que altera o status literário do gajo), foi categórico: é mais fácil escrever um romance do que um conto. Na ocasião eu não entendi, não saquei, não peguei. Ele dizia que era por conta do conflito e da estrutura dos textos e coisa e tal. E mesmo ele me dando argumentos consistentes para a defesa de sua teoria, eu, pela obviedade do menor número de páginas, continuei acreditando que seria infinitivamente mais fácil escrever um bom conto do que um bom romance (eliminando-se o talento natural de cada um). Pensava assim até a divulgação do resultado destas menções honrosas, agora já não sei.

Sei que deve haver uma razão mais plausível para que as honras aos livros de contos deixassem de serem dadas. Ao pé da letra, Menção Honrosa é uma distinção conferida a uma obra não premiada, porém merecedora de citação. Um prêmio (de consolação?) dado por um ato que, embora não tendo sido distinto em primeiro lugar, merece ser citado. Aí que está o cerne da questão: nenhum outro livro de contos mereceu tal citação? Não houve, de fato, honradez? Mérito? E se não teve nada disso, até que ponto o livro vencedor é, de fato, uma porta de entrada à literatura? E de qual literatura estamos falando?

São questões interessantes. Será que meu amigo poeta não está com a razão? Que não é tão simples assim escrever um conto e que, então, esse bando de novos autores recorreu ao mesmo erro que o meu, de acreditar que a quantidade de páginas breves facilitaria o ato de ser um bom contista? A sentença “sem honra, sem qualidade literária” me escancara dúvidas. Será que não venceu o menos pior? Por outro lado, os prêmios, os concursos, os campeonatos, os jogos não são assim? Naquela leva, naquele ano, naquela vez vence, de fato, o melhor plantel. Coisa de momento.

E olhando pelo borne exato da coisa, de qualquer forma, ser o melhor entre os piores – com ou sem menção honrosa – resulta em oportunidade, não se pode negar. Então que ela seja bem aproveitada, pois, como dizem, a ocasião faz o ladrão.

Entre os fanzines e a literatura

Oi, faz tempo que eu não... saudades. Queria dizer que, ontem, ao comemorarmos o dia internacional do fanzine, na I Fanzinada, evento que idealizamos no ABC, no espaço Gambalaia, aconteceram alguns fatos curiosos. Quero dizer de dois:

* O primeiro, logo de cara, resume-se pela foto ao lado, e pela frase: "para ler fanzines, qualquer idade". É que uma senhorinha percebeu o movimento, entrou no espaço, e começou a folhear todos os zines que estavam por lá. Aquele peixe fora d´água logo dentro ficou. Adorei.


* Depois, os fanzineiros do século passado, documentário de Márcio Sno, que você pode ver logo abaixo. Eu me senti do século passado, de quando trocávamos as cartas, você se lembra? Que reaproveitávamos os selos? Pasta de dentes para limpar, vapor para descolá-lo do envelope? Os truques para enviarmos mais papéis do que se podia nas cartas sociais? Veja o documentário, você vai gostar de voltar no tempo, tão recente, mas já do século passado.

Fanzineiros do Século Passado - Capítulo 1 from Márcio Sno on Vimeo.

Aguardo sua resposta com as notícias daí.
Um grande beijo da sua amiga de sempre!

sobre os ebooks e suas vendas


20 lugares para vender seu e-book

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Escrito no dia 28/11/2012
Embora tenham bons sites para se baixar e-books grátis, temos que levar em conta que a rede não é exclusiva para o conteúdo gratuito e também há boas opções pagas, e esses espaços são vitrines virtuais que se soubermos utilizar, e oferecer um bom conteúdo, eles podem se converter numa rentável ideia de negócio de baixo custo (começando pela simples distribuição e altas comissões recebidas). Graças a Hongkiat hoje mostraremos aqui 20 desses sites:
1. Lulu
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/lulu-vender-ebooks.jpg
Um dos mais populares por seu amplo público, as facilidades de publicação que incluem até um simples assistente de edição (para criar até a capa) e a parceria que dispõe para compartilhar em outros espaços como a iBookstore e os dispositivos de Barnes & Noble.
Registro: Gratuito | Lucros por venda: 90%
2. Payhip
Pode baixar seu livro e compartilhar com facilidade, via redes sociais, um link a uma página especial de download e com facilidade, via redes sociais, um link a uma página especial de download. Inclui pagamentos via PayPal.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 100%
3. Amazon Kindle Direct Publishing
A Kindle Store, o brilhante eco-sistema de e-books que se complementa com a gama de dispositivos de leitura de Amazon que empresas como Google e Apple quiseram ter, é uma das melhores opções na hora de publicar conteúdo com um público objetivo amplo.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 35% – 70%
4. Smashwords
Publicação em múltiplas lojas, ISBN, conversão de e-books a múltiplos formatos para serem lidos desde mais dispositivos e guias e sugestões de publicação e mercado.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 60% – 85%
5. MyeBook
MyeBook é conhecido por seu aplicativo de leitura em Flash e sua ferramenta de edição gráfica, e qualquer um pode fazer uso delas para compartilhar seus livros ou outros textos digitais desde um colorido espaço personalizado (que inclui pagamentos por PayPal).
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 90%
6. PubIt!
Um produto de Barnes & Noble para publicar conteúdo e comercializá-lo especialmente em formato NOOK ou em qualquer um dos demais formatos populares de publicação.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 40% – 65%
7. Booktango
Um dos melhores pois apesar de permitir criar um desenho de capa para logo comercializá-lo nos sites de Barnes & Noble, iBookstore, Kobo, Sony, Amazon, Google y Scribd sem maior inconveniente, não cobra comissões e integra pagamentos com PayPal.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 100%
8. BookBaby
Para se preocupar só em escrever o livro que em BookBaby, com um sistema de publicação baseado em pacotes de pagamentos, se encarregam dos detalhes (desde a parte gráfica até poder compartilhar em sites como em iBookstore, Amazon, Barnes & Noble, Sony Reader Store e Kobo, entre outros.
Registro: US$ 99 – US$ 249 | Lucro por venda: 100%
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/kobo.jpg
Tão simples como subir um arquivo de Word e esperar que seja editado e convertido em um ebook de luxo que logo estará disponível para milhares de usuários de todo o mundo, em múltiplos formatos de leitura tanto para PC como para dispositivos móveis.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 70% – 80%
10. Blurb
Bastante chamativo por seu sistema de criação de ebooks que inclui modelos, galerias de imagens de Facebook a Instagram disponíveis a uns cliques, edições especiais para o formato iPad e conversões digitais desde arquivos em PDF. Se publicam em Blurb e iBookstore.
Registro: Gratuito | Lucro por venda: 80%
11. E-Junkie
Para trabalhar com livros digitais exclusivamente em PDF pois o formato se facilita para as ferramentas de proteção (marcas d’água, cópias, assinaturas, etc.). Admite pagamentos por PayPal.
Registro: US$ 5 por mês | Lucro por venda: 100%
12. Scribd
Muitos têm utilizado Scribd para conseguir apresentações e revisar artigos ou livros especializados, ao que deve sua grande popularidade. Pois bem, em Scribd também se pode compartilhar conteúdo de pagamento -embora no momento está limitado a poucos países-.
Registro: Grátis | Lucros por venda: 80%
13. PaySpree
Gratuito para um só livro, com páginas de download criptografadas, gestão de afiliados, sob comissões e pagamentos com moedas virtuais.
Registro: Grátis | Lucro por venda: 90% – 100%
14. eBookIt!
Com promoções especiais até para conseguir e distribuir cópias impressas, e conversão e publicação nos principais canais de distribuição online já mencionados (Amazon, Google, Barnes & Noble e os demais).
Registro: Desde US$ 149 | Lucro por venda: 50% – 80%
15. Sellfy
Tão simples como arrastar o arquivoé a interface de Sellfy, selecionar o preço e esperar as compras. Recebe pagamentos via PayPal e permite criar promoções via Social Media (como descontos por compartilhar).
Registro: Gratis | Lucro por venda: 95%
16. ClickBank
Um conhecido em matéria de plataformas de publicidade de produtos digitais por afiliados que conta com milhares de usuários em todo o mundo.
Registro: US$49.95 | Lucro por venda: 50% – 90%
17. PayLoadz
Uma vitrine de boa reputação e com centenas de usuários, com bastante ajuda e informação para os novatos em venda de ebooks.
Registro: US$ 14.95 por mês | Lucro por venda: 95%
18. eBookMall
http://wwwhatsnew.com/wp-content/uploads/2012/11/ebookmall.jpg
Uma excelente loja para publicar livros digitais já prontos para carregar (em PDF ou ePub) e vender. Excetuando seu sistema de categorização lateral, é bastante elegante e rápido.
Registro: Grátis | lucro por venda: 50%
19. Click2Sell
Click2Sell oferece programas de afiliados e para os que se preocupam demais pela segurança de seu conteúdo, oferece várias ferramentas de proteção para evitar a cópia ilegal. Permite receber pagamentos via PayPal.
Registro: Grátis | Lucro por venda: 90% – 95%
20. Instabuck
Com suporte de pagamentos via PayPal, ClickBank e AlertPay, garantindo um processo de venda rápida, um serviço especial de estatísticas (com apps para móveis), páginas especiais de promoção e test A/B para melhorar as estratégias de mercado.
Registro: US$ 4.99 por mês | Lucro por venda: 100%

Agente literário: ter ou nao ter

Uma pessoa inteligente contrata uma outra ainda mais inteligente para trabalhar para ela.

Falta de tempo, falta de conhecimento, falta de estrutura e falta de contatos. Estas são as típicas faltas de um escritor iniciante, e eu sempre me deparo com elas quando penso em publicar meu livro.

O que eu sei é que escritores vivem dos seus livros, que devem ser palpáveis (o e-book será, mas ainda não é a bola da vez). É por isso que eu digo que não é muito interessante fazer literatura só quando a inspiração chegar, principalmente para quem quer fazer dela seu ofício. Trabalho, trabalho, trabalho, veja o exemplo de Marina Colasanti.

Quer seu livro publicado? Com ou sem agente literário, é preciso montar uma estratégia, traçar metas, estabelecer objetivos, determinar caminhos (e vários, para se ter outras opções de escolha). É fato: dos inúmeros autores que enviam seus originais para as editoras, principalmente as de renome (por que se aventurar a começar de baixo?), apenas alguns conseguem seus objetivos.

Muito do que um agente literário faz, você pode fazê-lo também. Então, para quê pagar um? Voilá!

O Agente Literário:

Profissional do mercado editorial que faz o elo entre as editoras e os autores. Dentre outras coisas, ele trata da promoção de um escritor e administra sua carreira literária, representando-o legalmente junto de editores, com quem negocia os respectivos termos contratuais.

Perfil do Agente Literário:

O Agente Literário atua em conjunto com outras agências literárias internacionais e editoras ao redor do mundo, promovendo pessoal e individualmente seus autores e obras, buscando sempre a maior divulgação e sucesso dos escritores que representa. Para isso ele deverá ter uma boa rede de contatos, um bom conhecimento da área, conhecimento técnico e demonstrar competência. No mínimo:
• deve entender de contratos na hora de representar o escritor em negociações relativas a traduções da obra, adaptações para outras linguagens (como cinema, teatro), publicações no estrangeiro.

• deve entender do mercado editorial brasileiro, de marketing editorial para contribuir melhor na promoção do livro, no intuito de maior vendagem.

• deve ter amplo acesso aos editores, saber que tipo de literatura eles procuram. Só assim, quando procurados por um escritor, poderão indicá-lo a melhor editora para os seus livros.

Funções do Agente Literário:

• fazer a ponte entre o autor e a editora, concentrando todos os esforços para a publicação da obra numa única pessoa e, assim, evitando perda de tempo e dinheiro para o autor.

• avaliar a obra, identificá-la, enquadrá-la em alguma linha editorial e apresentá-la às editoras que possuam um catálogo que melhor se ajuste ao perfil do trabalho apresentado, com o objetivo de publicar seu livro conforme as expectativas do autor e de acordo com a atual política do mercado editorial.

• providenciar o envio dos originais para as editoras e monitorar o andamento de todo o processo até a contratação da obra.

• marcar reuniões nas editoras para tentar viabilizar a publicação de uma determinada obra.

• cuidar do contrato que o autor celebrará com a editora e de todos os processos burocráticos compreendidos por essa negociação (geralmente inclui assessoria jurídica no momento da assinatura do contrato de edição)

• fiscalizar a divulgação, a distribuição e a comercialização da obra pela editora e, até mesmo em pontos de vendas, no sentido de possibilitar ao autor as informações sobre esses processos.

• agendar eventos, congressos, entrevistas, etc.

• orientar o autor nas entrevistas e nos eventos em que a presença do autor for solicitada.

• fazer intermediação entre escritores, roteiristas, autores, outros agentes literários, editoras e mídia, através de interesses comuns.

• marcar presença nos principais eventos e feiras literárias e culturais do Brasil, possibilitando e facilitando o contato entre escritores e editores com diversos agente literários nacionais e internacionais.

Remuneração:

É feita através de um acordo/contrato com o autor e pode ser de várias maneiras, desde a cobrança de uma taxa mensal por um determinado período de assessoria (no mínimo 200 reais por mês), a um percentual sobre os ganhos em direitos autorais, percentual este que pode variar de 10 a 20% sobre o montante de ganhos do autor.

Geralmente, o agente literário sobrevive de uma parte dos direitos autorais do escritor. Quanto maior o ganho do escritor maior o do agente literário também, de maneira que os dois devem atuar em conjunto.


Observações:
* o escritor, uma vez sozinho, precisa correr atrás, investir tempo e dinheiro em busca de editoras, esse caminho pode ser mais curto com um agente literário e o dinheiro investido seria direcionado.
* o agente literário não faz milagres, visto que valem as mesmas regras de seleção editorial tanto para os trabalhos fornecidos pelos agentes, quanto pelo próprio autor ou outro tipo de representante. Desta forma, agentes não dão garantias de publicação.
* fora os contatos, que o agende deve ter, e de sobra, não há diferenciação de tratamento na negociação do contrato com a editora. Um agente tenta conseguir o melhor acordo para o autor, mas ao custo de ficar com uma parcela dos direitos autorais.
*quando a editora diz que só recebe material de agentes, provavelmente ela está indicando uma preferência por autores muito conhecidos. Ou seja, a linha editorial dela não está aberta para autores inéditos.
* os autores iniciantes devem montar uma estratégia de chegar até editoras que aceita autores desconhecidos. Há uma quantidade respeitável de editoras pequenas que se arriscam bastante, ninguém precisa ficar aborrecido com as grandes e hiper seletivas (embora eu, particularmente, ache que não custa nada tentar as grandes também, e principalmente).

Pontos Positivos:
• contratar um agente literário oferece maior chance de ter a sua obra publicada, já que eles têm bons contatos;

• maior visibilidade no segmento editorial, já que esses profissionais vão até as editoras e expõe toda a proposta do livros;

• uma melhora considerável do texto, já que muitos agentes fazem uma revisão ortográfica do texto (eu prefiro dar a cada um o que é de cada um. Prefiro considerar o agente literário um administrador e que o escritor contrate uma outra pessoa para verificar o texto).

Pontos negativos:
• os agentes não se comprometem a publicar a obra, ou seja, você paga e não tem garantia de que o seu livro será publicado.

• os agentes cuidam de vários livros ao mesmo tempo, de diferentes autores, e não se dedicará integralmente ao seu livro.

O escritor precisa de um agente literário quando:
1. Não sabe os trâmites para chegar a uma editora e ter seu livro publicado;

2. Não tem tempo para se dedicar em procurar uma editora que tenha uma linha editorial adequada ao projeto de seu livro;

3. Não tem tempo para administrar sua carreira de escritor;

4. Não conhece as demandas e a política do mercado editorial;

5. Quer que sua obra seja apresentada às pessoas certas, nas editoras certas;

6. Quando, por conta própria, tudo parece dar errado;

7. Quando não consegue implementar sua própria carreira literária;

8. Quando acredita que uma pessoa inteligente contrata outra pessoa, ainda mais inteligente, para trabalhar para ele.

Antes de contratar um agente literário:
• tenha claro quais são objetivos como escritor e que tipo de editora você tem interesse;

• faça uma pesquisa prévia, mesmo que breve, sobre as editoras que você considera que são adequadas;

• submeta sua obra para análise de outras pessoas. É importante um feedback que não seja do parente mais próximo ou do amigo mais chegado.

Na dúvida, siga os passos:
1. Determine se é preciso ter um agente literário, ou não. Você, como escritor, é o único capaz de discernir sobre a necessidade ou não de um agente literário de acordo com os seus próprios objetivos em relação à carreira literária. Note que esta resposta depende inteiramente de que tipo de trabalho literário você desenvolve e o que você quer fazer com ele.
2. Assegure se o seu material está pronto para um agente. Uma boa medida de segurança é assegurar o material que vai ser apresentado ao agente (e aos editores) na Biblioteca Nacional, setor de registros. A literatura faz dos direitos autorais sua moeda de troca. Tendo o material em ordem, no caso de autores já estabelecidos, é possível submeter apenas uma parte do manuscrito e talvez um esboço do livro. Já os escritores novos e/ou desconhecidos devem estar preparados para submeter o manuscrito inteiro, principalmente em se tratando de textos ficcionais, romances, novela. Abre-se uma exceção aos escritores cuja obra constitui-se de capítulos, e então é possível apresentar um esboço ou um projeto do material a ser produzido.

Ao escolher um agente literário:
• pesquise sobre trabalhos anteriores e, se possível, identifique alguns clientes;

• verifique com quais editoras o agente trabalha, se pequenas, de médio e/ou grande portes;

• verifique se a editora que você tem interesse se encontra na lista de editoras que seu futuro agente tem contato, ou se ele trabalha com editoras similares;

• verifique se as editoras com as quais ele trabalha têm uma linha editorial próxima a sua;

• verifique a linha editorial dos clientes com quais ele trabalha e se é compatível com a sua;

• se possível, converse com algum cliente e obtenha referências sobre o trabalho do agente;

• verifique se o seu agente tem bons contatos, se ele participa de eventos e festas literárias, se ele promove encontros, etc, enfim, se ele é uma pessoa ativa dentro do mercado editorial.
OBS: Encontrar um agente e encontrar um agente que esteja ao seu lado são duas coisas diferentes.

Tome cuidado:
* Negocie com cautela o contrato que você vai assinar com o agente. Repito que a moeda de troca são os direitos autorais e, muitas vezes, os agentes amarram os escritores com um contrato de exclusividade, já que eles negociam um percentual da venda dos direitos autorais dos livros.
* Taxas da leitura, taxas da manipulação, taxas de submissão e as taxas da avaliação não devem ser consideradas normais.

Os Serviços Adicionais:
* Alguns agentes estão afiliados com outros fornecedores de serviço tais como desenhistas, especialistas em marketing, assessores de imprensa e tentarão empurrar estes serviços para você. No entanto, até que seu trabalho esteja publicado, você não tem nenhuma necessidade para tais serviços e não deve pagar por eles.
* Os agentes que aceitam autores ainda inéditos têm o mesmo problema que os editores, que é separar o minimamente publicável das pilhas de material pouquíssimo profissional. Assim sendo, a maioria cobra uma taxa para fazer a leitura da obra e avaliar suas possibilidades de ser negociada com alguma editora. Fique atento.

Quais as taxas para publicar um livro?


Estou aqui, dando voltas até conseguir publicar meu primeiro livro, de forma independente e com o selo do "Letra Corrida - Ateliê de Literatura e Criatividade".

Depois de procurar editoras, dessas que a gente paga pra publicar e que dizem ser uma vantagem por conta da distribuição e coisa e tal, cheguei àquela velha conclusão: "venha a mim, ao vosso reino nada!". É que a maioria dessas editoras não promete distribuição. Hunf! Vai entender.

Sendo assim, analisando o custo-benefício (e eu ainda acho que, mesmo com as impressões em demanda bombando país adentro, melhor mesmo é fazer uma pequena tiragem com 500 volumes - opinião minha, claro), saí em busca de uma gráfica e dos detalhes burocráticos.

Em termos de orçamento, o Emerson, da Gráfica Viena, bastante especializada em livros, ofereceu o melhor custo-benefício para as tiragens solicitadas (300, 500 e 1000). E digo mais, o cara é de uma atenção ímpar. Veio até minha casa trazer o material da empresa e está acompanhando todo o processo de confecção do livro como se fosse dele. E não é uma delícia encontrar profissionais assim? Principalmente num mundo de trabalho rancoroso em que vivemos? Clap! Clap! O contato dele: emerson@editoraviena.com.br

Daí, conversando com o cara, ele ainda indicou uma distribuidora e tals. Que eu ainda não entrei em contato, mas que já deixo a dica aqui, se mais alguém se interessar em montar um selo literário e iniciar no ramo (vamos deixar o debate da demanda pra depois, ok?). A empresa: Códice. E vamos ver o pito que ela apita.

Eis que então chegamos ao ponto chave. Os dados burocráticos, o registro, o ISBN, quanto custa publicar e editar seu próprio livro?

Vamos lá:

1. O primeiro passo é você fazer um cadastro de autor/editor na Biblioteca Nacional. Hoje custa 180,00 reais. (Ainda bem que esse cadastro é pago apenas para o primeiro livro, ufa!).

2. Então você envia os dados do livro a ser publicado (são bastantes detalhes para serem enviados em fichas específicas) para conseguir o ISBN. Cujo custo é de 12,00 reais.

3. Um último passo dessa etapa de registro é solicitar o código de barras, que pode ser em arquivo digital ou fotolito ao preço de 22,00 reais cada. A solicitação de ambos tem desconto e fica em 40,00 reais.

OBS: Essas três etapas são feitas concomitantemente, em documentos enviados por correio. Isso eu acho uma facilidade. Os dados e o código de barras chegaram pelo email no prazo prometido. Eficiência total! Clap! Clap!

4. De posse do ISBN, você entra no site da Câmara Brasileira do Livro para solicitar a Ficha Catalográfica. Preenche os dados solicitados online, envia um pedaço do livro, a folha de rosto, os dados todos e paga uma outra taxa de 70,00 reais. Em cinco dias eles prometem enviar a ficha por email.

5. Ainda resta um detalhe importante. Os direitos autorais. Você envia para o Escritório de Direitos Autorais uma cópia do material se for inédito e não publicado ou duas cópias do livro publicado, preenche a ficha e paga 20,00 reais. Simples assim. Tá, nem é tão simples. Tem que pagar com GRU, no Banco do Brasil.

6. Ainda é interessante não esquecer de fazer o depósito legal do livro, quando ele ficar pronto!

Aparte bacana disso tudo é que o livro vai ficar exatamente do jeito que você quer. Claro que é preciso contratar um bom diagramador para colocar o livro no InDesing e alguém para fazer uma capa bem bacana. Mas você pode escolher tudo: a gramatura do papel, a gramatura da capa, se vai ser com ou sem orelhas, o que colocar nas orelhas, a cor e o tipo de papel. E dependendo, você pode até fazer um projeto editorial com fonte, espaçamento, número de páginas de acordo com o seu orçamento. ;)

Acho que é isso. Por enquanto. Boa sorte para você nessa empreitada.

As Taxas:

- cadastro de autor/editor: 180,00
- solicitação de ISBN: 12,00
- solicitação de Código de Barras: 22,00
- ficha catalográfica: 70,00
- Registro de Direitos Autorais: 20,00
Custo Total de Taxas: 304,00

Os custos de diagramação e capa giram em torno de 700,00 a 1.500,00 reais.

Os custos de impressão na gráfica, para 500 livros é de mais ou menos 3.000,00 reais, dependendo do papel, da gramatura, do tipo, da capa, da orelha e coisa e tal.

Claro que um bom livro precisa de uma revisão de português, e tals. Que custa por volta de 500,00 reais e depende do número de páginas e dos serviços extras do revisor. É possível encontrar serviços mais baratos.

Sendo assim, o custo total de um BOM livro, com 500 exemplares fica entre 4.000,00 e 5.000,00 reais.

Chutando alto, cada unidade vai custar entre 7 e 10 reais. E você pode vender por 20,00 ou 25,00 reais.

Tá, mas não esqueça de somar a isso os gastos com o lançamento! Convites, despesas com os correios, aquele coquetel bacana, a parceria com o espaço e coisa e tal.

Pelas minhas contas, vender 250 livros praticamente empata! O que é até um bom negócio! Depende de sua divulgação e coisa e tal.

Mais uma vez, boa sorte na sua empreitada!

A formação do escritor

Marina Colasanti, mulher chique e de veste elegante, afirmou (no programa Sempre um Papo) que escrever é a sua profissão. Como tal, se Marina não programar o trabalho, sua obra literária com mais de 40 livros, e de diversos gêneros, perde-se em si mesma. É que, no Brasil, os editores não fazem cobrar escritores para entrega de originais. No contra-ponto, Marcelino Freire deixou marca no seu blog eraOdito. Lá pelas tantas disse que um livro publicado a cada 3 anos não o colocava numa situação confortável como escritor. É preciso se dedicar mais. No complemento: embora não estejamos acostumados com a idéia, um escritor não precisa ser um jornalista, ou um professor, ou um advogado, ou outra coisa qualquer com emprego formal, um médico, um servidor público, um psicanalista e por aí vai.

Se existe um mercado editorial, por mais falho que possa ser, existe a possibilidade de se viver de escrever. É preciso encarar o ofício como outro qualquer que coloca arroz-feijão na mesa, bater metas, cumprir objetivos e deixar um pouco de lado a visão romântica de que faz literatura só no enlaço da inspiração. Neste ponto sei que alguém irá questionar, na ponta da ironia e do preconceito: existe literatura e existe literatura. Insisto em dizer que literatura é literatura, seja ela de agrado ou não, seja ela boa ou ruim, seja ela engajada, de resistência, transformista, esquerdista, direitista, evangelista, feminista, judaica, mongol, africana, portuguesa, latina, americana, etc, etc, etc. E qualquer pessoa pode fazê-la.

Repito: qualquer pessoa pode fazer literatura e bem lá no fundinho todo mundo tem alguma coisa pra contar de um jeito especial, todo mundo tem uma crítica afiada, todo mundo tem um olhar cotidiano, todo mundo um monte de coisa mas nem todo mundo é alfabetizado. É preciso esforços que configurem mudanças, que ofereça acesso à leitura, isso para que, então, uma nova geração de leitores se sinta instigada a fazer própria literatura. Já disse uma vez e repito, quando confirmam existir esta ou aquela literatura, há um endeusamento, e quando os livros ficam trancados em bibliotecas elegantes e intocáveis, e quanto mais disso existir, mais distante a população ficará de qualquer literatura.

Nesta confluência, quem conta aumenta um conto e quem quer ser um escritor faz formação? No sul se montou um curso de graduação e a idéia ganha ares país afora. Mas é preciso uma formação formal para o ofício de escrever? É preciso aprender a colocar as frases daquele jeito que dizem, e falam, e classificam, e ganham concursos? É preciso sempre se fazer literatura engajada, ou literatura fantástica, dizer que Paulo Coelho não faz literatura? Que isso, que aquilo outro? Que os críticos... que os ensaístas... que os cronistas... que os contistas... que eles isso tudo ou aquilo outro? Que o bom mesmo é ser romancista, o gênero dos reconhecidos? Pacotes, pacotes e mais pacotes.

Tá, não se pode negar, estar a par do mundo literário, ler essa ou aquela obra de referência, saber das novidades, ler os lançamentos e abraçar o mundo dos críticos faz parte da engrenagem e faz a roda girar. Mas formação, assim, formal, é preciso? Diploma, certificados, que garantias dão? Eu, cá com meus botões digitais e sempre apoiando as iniciativas em rede digo logo das outras formas. E elas existem. Vou dizer de algumas.

Memórias da Literatura. Uma boa dica pra quem quer fazer uma formação informal para ganhar tarimba pro mundo literário é acompanhar os podcasts que são produzidos pelo Museu da Pessoa e disponibilizados na web. Uma união entre Brasil e Portugal. Tem João Gilberto Noll, tem José Mindlin e tem, para continuar exemplos, Fernando Bonassi, Moacyr Scliar e Nelida Piñon no eterno debate “Como Nasce um Escritor?”. Por aí vai, clique-se!

Os podcasts geralmente são programas com um formato leve, como se fossem ondas de rádio. E nessa via web, é possível encontrar o Perfil Literário, programa de rádio da Universidade Estadual Paulista. Lá também tem um bom caldo. Tem Cristovão Tezza, tem Milton Hatoum, Marisa Lajolo, Andrea Del Fuego, Marçal Aquino, Xico Sá, Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão e Tatiana Belink para dizer de alguns.

Outra dica é fuçar os arquivos do programa Sempre um Papo, já mencionado acima. Mas se a onda é ver essa gente pessoalmente, como sugestão do meu amigo e poeta Guilherme Salla, além dos festivais de literatura se proliferando ainda-bem-país-adentro, o SESC está aí oferecendo muitas rodas de leituras e muitas oportunidades de encontrar pessoas, fazer contatos, trilhar os rumos da literatura, com palestras e oficinas. E por falar em Oficinas Culturais, a dica para quem está no Estado de São Paulo é acessar a página da Associação Amigos das Oficinas Culturais e se inscrever.

Quem está na capital conta com as atividades na Casa Mário de Andrade, literalmente, com bem anotou Carlos Drummond de Andrade: “Aqui [casa de Mário de Andrade] tudo se acumulou. Esta é a Rua Lopes Chaves, 546, outrora 108”. É na antiga casa do escritor que funciona, desde agosto de 1990, a Oficina da Palavra, cuja programação é voltada para o texto e para a literatura. Os projetos incluem o estudo e a criação de diversos gêneros literários (conto, romance, poesia e dramaturgia), jornalismo, crítica, interpretação de textos e redação, somados a palestras, ciclos de depoimentos de escritores, leituras dramáticas, recitais, mostras de filmes e lançamentos de livros, bem como atividades correlatas como, por exemplo, ilustração e encadernação. Entre os nomes que já passaram pela programação da Oficina da Palavra estão Marcos Rey, Lygia Fagundes Telles, Ivan Ângelo, José Simão, Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan, Ruth Rocha, João Cabral de Melo Neto, Ignácio de Loyola Brandão e Renata Pallotini, entre muitos outros.

Saiba mais sobre a Oficina da Palavra na Casa Mário de Andrade:
Entrevista: Rosa Camargo Artigas
Cargo: Coordenadora Geral da Oficina da Palavra – Casa Mário de Andrade.
Como funciona a Oficina da Palavra? Há cursos palestras, apresentações, saraus?
A Oficina da Palavra é uma unidade da rede de Oficinas Culturais da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo. No entanto, ela se diferencia um pouco das outras unidades porque ela é vocacionada para a área de literatura, produção crítica e texto. Ou seja, tudo aquilo que abrange a palavra escrita ou falada. A nossa programação varia a cada semestre, com diferentes coordenadores de atividades e temas abordados.. Os formatos são compostos, em geral, por oficinas, ciclos de debates, cursos, palestras e leituras dramáticas nas áreas de literatura, poesia, dramaturgia, roteiro para cinema e vídeo, crítica, história, etc.

Toda programação é gratuita?
Toda a programação é gratuita para o público, mas é sempre bom lembrar que as atividades ( os professores, a infraestrutura da casa, os funcionários, equipamentos etc) são pagas com verbas públicas, portanto com os impostos pagos pelos cidadãos. Por isso há uma responsabilidade muito grande dos dois lados: de nós que montamos a programação e procuramos o máximo de qualidade no atendimento do público, e dos freqüentadores que têm o compromisso de respeitarem os professores, a infra-estrutura da casa, os horários, a freqüência.

Quem pode participar? Como se inscrever?
Qualquer pessoa pode se inscrever e participar dentro do que cada projeto propõe: faixa etária para o qual ele é dirigido, pré-requisitos de cada proposta. As inscrições podem ser feitas por e-mail ou pessoalmente na Oficina, no horário de funcionamento da administração que é das 12:00 às 20:00.

A casa é tombada?
A casa foi tombada pelo CONDEPHAAT (órgão estadual de tombamento) em 1976. Inicialmente foi alugada pelos familiares para a Escola de Teatro Macunaíma. Antes, em 1968, o acervo de obras de arte, a biblioteca e os documentos pertencentes a Mário de Andrade foram transferidos para a Universidade de São Paulo, formando o acervo inicial do atual Instituto de Estudos Brasileiros (IEB). A casa passou para o Estado em 1983, funcionando inicialmente como Casa de Cultura. Mais tarde, em 1990, passou a pertencer à rede de Oficinas do Estado.

Em que período Mário de Andrade morou na casa?
A família de Mário de Andrade adquiriu as três casas geminadas da Rua Lopes Chaves em 1921. Mário viveu na casa até sua morte, em 25 de fevereiro de 1945.

Nessa época já aconteciam encontros?
Segundo testemunhos, a casa era um ponto de encontro de intelectuais modernistas. Muitas das reuniões de preparação da Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceram nesse espaço. Mais tarde, outras gerações de artistas e intelectuais freqüentaram a casa: escritores, poetas, arquitetos, artistas, historiadores como Antonio Cândido, Sergio Milliet, Lourival Gomes Machado, Paulo Duarte, Luis Saia, Oneyda Alvarenga, entre outros.

Existe algum espaço preservado dessa época?
Somente as estantes e uma conversadeira, fixas nas paredes, permanecem na casa. Há também um velho piano no qual, segundo contam, Mário de Andrade dava aulas. Tudo o mais está guardado e disponível para consulta pública no IEB. A casa, é bom lembrar, não foi tombada por seu valor arquitetônico e sim pela memória de seu ilustre morador.

Há uma poesia em que Mário fala da casa, não? Como ela se chama? A senhora sabe se ele a fez como um “testamento” para o uso do imóvel?
Há vários poemas de Mário de Andrade falando da casa da Rua Lopes Chaves. Não há, no entanto, nada que comprove que eles possam ter um caráter de testamento, expressão de uma vontade do poeta. Num desses poemas, inclusive, Mário pede para ser ignorado (“Mamãe, me dá essa lua... Ser esquecido e ignorado como esses nomes de rua”). No entanto, acho que manter a casa, utilizá-la para fins culturais, cuidar da memória de Mário de Andrade - e de outros artistas - é uma tarefa de todo e qualquer cidadão que respeite e acredite na importância desse grande intelectual para a cultura brasileira. Essa questão devia, inclusive, se estender para outras casas ou espaços das cidades brasileiras que são testemunho de importantes períodos da nossa história.

Ainda sobre os premios literarios

Há uma subjetividade intrínseca da qual não se pode dar conta. É preciso acreditar ou, pelo seu inverso, lutar (dentro, propondo mudanças; fora, em forma de resistência). Um modelo que não é só da literatura, mas dos sistemas sociais: sempre tem gente de dentro, gente de fora e gente em cima do muro. Os que não estão sobre o muro, e têm uma opinião definida, precisam acreditar, e acreditam (contra ou a favor), são convictos, de alguma forma, às vezes não em todas as situações. Aqui vale a máxima de que cada caso é um caso, ora pois, diriam nossos patrícios.

O fato é que os lugares fornecidos pelos prêmios literários vão sempre para os que acreditam, em si e/ou no sistema. Alguns conseguirão pela resistência, outros por fazerem parte do esquema e tem aqueles, incautos, que conseguirão pela sorte de estarem no lugar certo, no momento certo e coisa e tal. Caiu no colo? Talvez. Cartas marcadas? Talvez. Informações privilegiadas? Talvez. Amigo do júri? Talvez. Competência? Provavelmente. Para estes, sempre haverá um algo parecido com Menção Honrosa, respeitando-se, aqui, a idoneidade do concurso [para participar de um, é preciso saber escolher os de boa fé – ou, no mínimo, os menos mafiosos –, faz parte do jogo].

Também não se pode negar o movimento pelo inverso. Como no esporte, nem sempre é o melhor aquele que vence. Nem sempre a arbitragem é a mais correta, ou a mais imparcial. Há uma subjetividade intrínseca da qual não se pode dar conta. Quando eu fazia curso preparatório para me tornar árbitra de basquetebol (aos que não sabem, sou formada em Educação Física), uma situação de dúvida foi colocada por parte dos instrutores:
“num lance em que dois jogadores disputam e, quase ao mesmo tempo, as mãos de ambos jogam a bola para fora da quadra, como um árbitro deve se comportar caso ele não saiba exatamente qual foi o jogador que tocou a bola por último?”
A resposta foi óbvia, e todo juiz sabe: nestas situações o árbitro deve apontar a posse de bola para qualquer um, e apenas um dos times, com convicção, apito firme para manter a autoridade em quadra. Como eu fui atleta, e como a maioria de nós tínhamos uma relação bem próxima com a modalidade, esta resposta não nos surpreendia. O que me chamou mesmo a atenção foi a frase do instrutor, árbitro internacional:
“o árbitro, em cada lance, pode ouvir reclamação e xingamentos de apenas um dos times, se ele ouvir dos dois lados ao mesmo tempo, não estará fazendo uma boa atuação em quadra e, neste caso, é lógico que você vai apontar a bola em favor do time que você tem mais afinidades. Um exemplo: eu não gosto do Oscar [o mão santa], e se eu tiver dúvidas, não vou dar a posse de bola pro time dele”.
Um exagero? Talvez. O fato é que se este tipo de atitude não for intencional, muitas vezes ela pode ser inconsciente, a psicanálise explica. E o mesmo pode acontecer em literatura.

Quem é que garante ser idôneo e imparcial full time na vida? Ora, os jurados, em quaisquer áreas, também estão suscetíveis aos desvios conscientes e às armadilhas inconscientes. Quer seja porque um deles se identifica com um tipo de escrita e não outro, ou porque um tema tenha lhe tocado mais fundo, mesmo que o valor literário não esteja aí arraigado, ou o inverso, tem jurados que só analisam a estrutura do texto e deixam de lado o conteúdo, quer seja porque ele tenha reconhecido o estilo do seu amigo escritor e quis dar aquela forcinha, mesmo que o texto não apresente o melhor embate. E tudo isso pode ser um ato inconsciente já que há uma subjetividade intrínseca da qual não se pode dar conta, a psicanálise não se cansa de explicar.

O fato é que é preciso acreditar e arriscar. No meio da semana recebi um telefonema dizendo que meu livro, ainda inédito, ficou em 2º lugar no Prêmio Alejandro Cabassa, mulheres cronistas, promovido pela União Brasileira de Escritores. Eu, que ainda não conheço as pessoas que circulam no meio literário. Eu, que apenas um ano e meio atrás decidi que seria escritora, e que seria cronista. Eu, que ainda não sei o caminho das pedras. Eu, que nunca ganhei um tostão com literatura. Eu, que ainda me considero imatura. Eu, que acreditei na diferença do meu texto, preparei o original, submeti ao concurso sem ter tido tempo de mandar o texto para um revisor e pensando que, talvez, quem sabe, uma menção honrosa pudesse me cair nas mãos, já que eu não sou amiga, já que eu não sou conhecida, já que eu não tenho contatos, já que concursos são cartas marcadas, já que isso e aquilo outro e blá blá blá.

Sim, estou super feliz com meu 2º lugar. E mais esperançosa com o mundo dos prêmios literários. Eu e as pessoas que me conhecem, que também voltaram a acreditar, não só no sistema, mas em si mesmas:

“Como fico feliz! E acho que esta sua batalha nos dá um grande ânimo na nossa vida de nunca desistir! Grata e parabéns!”

Este foi apenas um dos emails que recebi dos amigos. E a conclusão é aquela, de sempre: é preciso acreditar, dentro ou fora do sistema. Participando ou fazendo resistência. É preciso ter convicções, se jogar no mundo e enfrentar a batalha. Sempre isso, a literatura é como a vida [um momento romântico para finalizar].

Edição Independente ou as Pequenas Editoras?


Enquanto muitos escritores têm um editor, eu tenho um gráfico. E há uma diferença nisso porque o cara é do tipo pró-ativo, não perde oportunidades de negócio e, voilá, passou alguns dias na Bienal do Livro aqui em São Paulo. Eu o acompanhei num desses dias e acabei conhecendo um mundo literário que eu desconhecia: parte dos bastidores das gráficas, das editoras, das distribuidoras e dos autores.

O passeio pelas distribuidoras foi inusitado. Algumas dão uma atenção especial para os novos autores, desses como eu, outras ignoram. E aí reside a diferença entre os grandes e os pequenos. Ou, aprova-se o poder do capital, claro! As contas não são difíceis. Em média uma distribuidora cobra 60% preço de capa de cada livro que ela vai colocar à venda. Desses, entre 40 e 50% vão para as livrarias (que, físicas ou virtuais, também cobram um jabá extra para colocar o livro na vitrine, de fácil acesso aos visitantes; ou então, esse valor, caso você não seja um best seller é apenas para a estante mesmo). DETALHE: sendo grande ou pequeno, o negócio tem que ser feito através de CNPJ e nota comercial (bem diferente da nota de serviços que eu vou ter com o Letra Corrida : Ateliê de Literatura e Criatividade). Coisas do mercado.

Mas então, lá pelas tantas, e tantas horas de Bienal ao lado de um gráfico fazendo seus próprios negócios, perguntas, dúvidas, anseios, conversas e coisa e tal. Quanto custa um estande na Bienal? 600 reais vai só para o chão e é o preço do metro quadrado. O mínimo permitido são de 24 (se não me engano), o que dá 14.400 reais. A Bienal oferece um estande básico, com armação básica, cujo serviço é 150 reais o metro quadrado (não sei se inclui o aluguel da estrutura). Ok, conta simples: 3.600 mais 14.400 resulta em basicamente 18.000 reais. E aquela ideia de ter um estande pro Letra Corrida daqui dois anos, vai indo água abaixo. Porque ainda tem toda a decoração, o material de divulgação, o material de exposição e coisa e tal! Blá! Por baixo, assim, baixinho, bem se vai uns 25.000 reais para ter o mínimo do mínimo numa Bienal. E não esqueça: nem estou dizendo ainda dos recursos humanos, afinal, o estande precisa contar com um pessoal para recepcionar o público e coisa e tal! Blá! A solução, pra daqui dois anos, seria juntar uns 150 autores independentes e dividir o espaço. 200 reais pra cada um. É. Pois é! Com uma boa logística, até que seria bem interessante. Quem topa?

Ainda nessa contagem do mercado editorial, e eu sou capitalista sim, analiso custo, benefício, tento identificar a margem de lucro e o preço real da coisa toda só pra evitar abusos, o que nem sempre consigo, não é difícil encontrar pelo mundo editorial a discussão das pequenas editoras, das pseudo editoras e das grandes editoras. Observe:

“Um autor não deve pagar para ser publicado. Um autor não deve aceitar jamais comparticipar custos de publicação com a editora. Um autor deve exigir pagamento pelos direitos de autor e esse pagamento nunca deve vir em forma de descontos ou promessas ou festas de lançamento. Um autor nunca deve pagar por exemplares de uma obra sua se não tiver recebido um livro sequer. E estas coisas envolvem sempre uma coisa chamada contratos. Exijam sempre um contrato e depois leiam as entrelinhas todas.” (Safaa Dib, editora)


Desde que li essa frase, muitas questões adentraram meus pensamentos. Afinal, qual é a função de um editora? Por que eu deveria pagar para ter meu livro publicado por uma delas? E por que é tão difícil assim o acesso para as grandes editoras? O mercado certamente me daria boa parte dessas respostas, mas, vamos aos acontecimentos na própria Bienal.

O gráfico, que não é só meu gráfico, mas de muitas outras pessoas, e editoras, e coisa e tal, me apresentou algumas delas. Gente bacana, por certo. A minha divergência está no capital e no idealismo da coisa mesmo. Uma das conversas deu-se mais ou menos assim:

[Cena] Diálogo entre eu e uma moça de uma dessas editoras que a gente paga para publicar. E, diga-se em passagem, gasta-se geralmente o dobro para publicar numa dessas editoras do que fazer tudo sozinho em uma gráfica especializada. Digo no taco a taco de achar um capista, e pagá-lo, achar alguém para diagramar o livro, e pagar esse alguém (a profissional que meu gráfico indicou cobra cerca de 1.000 reais os dois trabalhos, e claro que vai depender do número de páginas). Pagar ISBN, código de barras, ficha catalográfica, cadastro de autor-editor (as editoras não gastam com isso, e o autor-editor paga apenas uma vez essa taxa), direitos autorais, impressão e distribuição (hein?... alôoo, pequenas editoras... distribuição é importante!!!).

Se em média gasta-se 50% a mais contratando um serviço especializado, e a dificuldade é mesmo achar um bom capista e um bom diagramador (já que as gráficas geralmente oferecem orçamentos pela internet e os dados burocráticos são todos feitos por correios ou através da própria internet), então, o que justificaria esses 50% a mais? Distribuição. Claro! Vamos ao papo:

- tá, me dá uma razão para eu gastar 5mil e publicar com vocês...
- seu livro vai fazer parte de um projeto editorial.
- meu livro já tem um projeto editorial, capista e diagramador.
- ah, entendi, seu livro está pronto, mas mesmo assim, precisamos fazer alterações e padronizar seu livro de acordo com nossa proposta editoral.
- (opa, perdi a individualidade, coisas institucionais). Ok. Mas eu digo de alcance. Quero saber a vantagem de publicar um livro com vocês em termos de alcance.
- bom, nós não garantimos a venda do seu livro, isso você tem que ver com seu próprio livreiro! Nós deixamos à venda no nosso site e no site da Livraria Cultura (aqui paga-se um extra, óbvio).
- (eita, mais um custo, livreiro, sinônimo para distribuidor? Talvez. E se está à venda, pressupõe um contrato de direitos de autor e, da venda desses livros, 10% é pro autor, 40 a 50% pra livraria, o que sobra entre 30 e 40% para o próprio editor que, até aqui, não gastou um centavo). Não vejo grande vantagem de eu não fazer uma publicação independente, se eu tenho capista, diagramador e gráfico.
-[uma voz de homem que veio de fora] Nada garante que você venda seus próprios livros.
- eu vou gastar o dobro com vocês, e nada me garante que vocês vendam o meu livro. Eu, a depender de mim, vou me esforçar mais do que vocês, que fazem negócios (às custas do autor, claro, mas suprimi essa parte).
- e você acha que é fácil? Eu estou no mercado à 7 anos e tenho 50 títulos.
- (ora pois, se hoje ele tem 50, ele começou com 1, a conta é simples, por que eu não posso?) Aposto que você começou sua editora porque você achou difícil publicar com grandes editoras e caro publicar com as pequenas (é óbvio que aí está um negócio em potencial).
- [silêncio]
- eu só quero saber um bom motivo para publicar com vocês, que faça com que eu gaste o dobro (afinal, existem custos que valem à pena, e se fosse eu representando o Letra Corrida, daria mil razões e outros mil benefícios, podem crer). Eu posso contratar uma distribuidora.
- e você sabe quanto cobra uma distribuidora?
- (será que esse foi o sinal de que, de fato, eles não trabalham com uma?). Sei sim, cerca de 60%.
- e você não acha caro?
- acho que eu teria 40% de retorno, em vez dos 10% relativo aos direitos autorais (falo de uma produção independente como esta que estou me aventurando).
- [o homem se aborreceu!] Bom, boa sorte com seu livro!
- Obrigada!


É claro que cada um tem que avaliar e saber o que é melhor para si. Com uma gráfica, cuidando de todo o processo que, sim, é trabalhoso e moroso, gasto cerca de 50% a menos e recupero o investimento, contando os gastos com o lançamento, vendendo entre 200 e 250 livros, da minha tiragem de 500. Parece muito, mas acho ser bem possível. Bem diferente de eu vender através de uma editora a me pagar 10%. É preciso vender bem mais que 500 livros para qualquer retorno do dinheiro. Nenhum autor fica rico no Brasil, mas tem muitas editoras que tiram o pé da lama, com certeza!

Também é claro que depende dos objetivos de cada um. Por certo que há uma vantagem em se fazer tudo por uma editora. Ela vai fazer praticamente todo o processo de edição sozinha e coisa e tal. Mas se a questão é ter um livro publicado, não vejo vantagens. No meu caso, também não vejo vantagem em associar meu nome às pequenas editoras. Mas é preciso começar de algum lugar, disso eu não tenho dúvidas. E, se todos os cálculos e metas que propus ao meu projeto derem certo, eu tenho um saldo de 250 livros que ainda posso mandar para alguma distribuidora. É que, a partir daí, qualquer venda passa a ser lucro, mesmo que mínimo.

E você, qual o seu caminho?

Ferramentas e aplicativos para escritores

Tá, eu sei, eu deveria estar imersa no texto do doutorado para entregar ainda nesse ano. Ok, ok. Eu confesso, estou atrasada pacas, e os amigos já estão sentindo minha ausência e coisa e tal. Até hoje não agradeci nas redes sociais os parabéns pelo aniversário e os parabéns pelo lançamento. E do dia 5 de outubro já se vão 1 mês e 10 dias. Blá, talvez eu consiga me redimir antes do natal. Esse parágrafo é um molho? Ou mesmo uma introdução? Ou sei lá o quê? Fico com a última opção e, talvez, com um pedido de desculpas aos que deixei na mão. Que coisa!

Mas, então, voltando às desculpas, antes de eu editar as fotos do lançamento - obrigada a todos que participaram, presencial ou mentalmente -, um software interessante (para escritores!) que achei na internet procurando uma linha do tempo pro doutorado (que é em esporte!). É a tal da lógica googleana. Vamos lá:

STORY BOOK


















O que é?

Basicamente, um assistente de texto para evitar histórias sem sentido! Sim, estamos falando de grandes histórias, como romances, novelas, roteiros de cinema. Que tenham bastantes personagens, conflitos, características peculiares e coisa e tal.

Qual seu ponto de lógica?
Se apoia na coerência textual e ajuda o escritor a manter uma visão geral da história (roteiro) enquanto escreve. Calcule então o trabalho do escritor para manter a coerência do texto com tantos personagens e cenários distintos. É, pois é... o software foi feito para facilitar.

Como se dá sua gestão?
Se a trama se complica em muitos caminhos, o StorYBook desembaraça. A gestão das diferentes vertentes é feita a partir da listagem de atores e os lugares onde as ações acontecem. O inter-relacionamento entre estes dois blocos mantém o texto coeso. As informações ficam disponíveis em fichas que podem ser acessadas a qualquer momento. Cada eixo do enredo recebe uma cor distinta para facilitar a identificação. De acordo com Rafael Videiro, com o Story Book, se a mocinha se casar com o mocinho e o bandido, não será falta de coerência. Será falta de vergonha. ;)

Quem criou?
Criado e mantido por Martin Mustun, disponível para download aqui e contém uma versão em português desenvolvida por Cárlisson Galdino. Este último, pra facilitar ainda mais, fez um tutorial de uso do programa que você pode acessar aqui.

Enfim, um bom programa... será que serve pro doutorado? Quem sabe, né? Não custa tentar verificar a coerência do texto acadêmico com ele. Um absurdo? Talvez. Depois eu conto!

Bons escritos para todos nós. E boas leituras!

Já existe àlgum tempo, mas apenas agora me deparei com o recurso. ainda não testei. Falta de tempo. Que tal você experimentar e, depois, voltar aqui para contar? Crie suas próprias histórias interativas com Twine, software livre que permite você organizar graficamente a sua história como um mapa que pode ser reorganizado enquanto você trabalha. Uma opção criativa. O resultado é uma página na web e você facilmente poderá divulgá-la entre seus amigos, em formato html. Divirta-se!

Piadas à parte com o título, Unbound – Ajuda os escritores a decidirem o tema de seu próximo livro. Desde que conheci o site wwwhat´s new aprendo e descubro coisas novas todos os dias. Adoro principalmente as dicas da Denise Helena, que fez esse achado:

Unbound – Ajuda os escritores a decidirem o tema de seu próximo livro

Por Denise Helena - 03/06/2011



Se você gostaria de ler um livro sobre algum evento histórico específico, escrito pelo seu autor favorito ou sobre uma questão técnica, também desenvolvido por alguém já conhecido, Unbound pode ser o que procura.

Este é um projeto que permite aos escritores receberem feedback de seus futuros leitores. Segundo comentam, já contam com bastante nomes conhecidos, e muitos que estão iniciando neste universo. Os leitores podem ajudar a definir o tema do livro, analisando as idéias apresentadas. Quando uma idéia recebe um número suficiente de “votos”, o escritor começa a trabalhar.

Durante o desenvolvimento do livro, podemos ser informados sobre seu status, podemos aparecer na seção de agradecimentos, obtermos descontos e bônus … enfim, participar, quem sabe, de um próximo best-seller.

Um ótima idéia, e agora só nos resta torcer para que recebam a atenção de muitos grandes escritores e aumentar, assim, sua popularidade


No site "Escola Criatividade", surgiu este post com 15 aplicativos web para organizar a vida de quem escreve. Não concordo com todos, mas o texto é uma ótima visão de como estes recursos otimizam o tempo de trabalho... ah se eu fosse assim, organizada... rsrsrs

15 Aplicações Web indispensáveis para quem escreve


1. SPRINGPAD Springpad é uma aplicação gratuita que é ótima para manter organizadas as suas notas e marcadores, de forma fácil e intuitiva.

2. WRIDEA Wridea é uma das melhores aplicações web para você tirar as suas notas e ideias. Desta forma, será impossível você esquecer alguma ideia que teve!

3. AUTOCRIT Autocrit é uma aplicação web que lhe permite editar e criar o seu livro de forma rápida. Tem funcionalidades de detecção de erros e outras ferramentas úteis.

4. EDITORIAL CALENDER Com Editorial Calender você poderá determinar, organizar e estipular como e quando você irá fazer os seus artigos. É um plugin WordPress extremamente útil para quem escreve com regularidade.

5. ZEMANTA Zemanta é como um conselheiro virtual. Enquanto você executa as suas tarefas de blogagem, Zemanta dá-lhe dicas e sugestões úteis.

6. INSTAPAPER Instapaper é uma aplicação web simples para você guardar páginas web para ler mais tarde.

7. EVERNOTE Evernote será provavelmente a aplicação mais completa da nossa lista. Permite-lhe guardar todo o tipo de notas, sejam elas em texto ou multimédia.

8. AVIARY Aviary é uma aplicação simples que lhe permite retocar rapidamente imagens que pretenda utilizar nos seus artigos.

9. GOOGLE READER Ler o que outros blogueiros escrevem é uma tarefa comum aos melhores blogueiros da acualidade. Se você realmente quer dar esse salto, expanda os seus horizontes com Google Reader e fique a par do que os seus colegas blogueiros escrevem!

10. WUFOO Com Wufoo você poderá criar formulários de contacto, inquérito online e convites de forma rápida e fácil.

11. POLLDADDY PollDaddy é a melhor maneira de você perceber o que pensam as outras pessoas. Criando votações, você poderá ter uma melhor ideia daquilo que os seus leitores acham das suas criações!

12. BIBME Bibme permite-lhe ter uma bibliografia formatada pelo serviço, de forma profissional.

13. HOOTSUITE Um ponto importante para os editores e escritores é manter contacto com os seus seguidores. Agora que milhões de pessoas utilizam o Twitter e Facebook, você tem mesmo de entrar nesta área.

14. GOOGLE DOCS Google Docs é uma aplicação web super completa que lhe dá acesso a folhas de cálculo, de texto e outras online.

15. LOOSESTITCH Com Loosestitch você poderá criar brainstorms e partilhar as suas ideias com os editores. É simples e rápido!